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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

A demonização dos carros em São Paulo


Andar de carro em São Paulo virou quase um crime. Mais do que a carência de transporte público, mais do que a falta de planejamento urbano ou do que um trânsito culturalmente violento em relação ao qual pouco se faz para mudar, o carro se tornou o grande demônio na maior cidade do Brasil. Nesse contexto, se de um lado o carro tem sido apontado como o maior vilão, a bicicleta é alçada à condição de redentora inconteste do trânsito paulistano. O maniqueísmo e a romantização das magrelas tomaram conta do cenário.
Várias vezes já deixei claro que sou favorável ao uso da bicicleta como transporte no cotidiano, o que considero um caminho inteligente e capaz de contribuir com a qualidade do ar, com a saúde dos ciclistas e com a diminuição dos engarrafamentos. Isso, entretanto, não é mais do que o vislumbre de uma cidade e de um futuro melhores, ou seja, é algo que só pode se tornar realidade se passar por estudos minuciosos envolvendo especialistas em transporte urbano, engenheiros de trânsito e urbanistas em conjunto com a sociedade civil. Portanto, trata-se de uma ideia que necessita de longo e bem pensado planejamento e que depende ainda de implantação gradual, apenas estabelecendo-se em definitivo no momento em que houver uma estrutura pronta para tornar possível e salutar o convívio entre motoristas e ciclistas. Todos sabem, evidentemente, que São Paulo está muitíssimo distante de tal panorama.
Pela topografia, pelo número de habitantes, pelo tamanho, pela deficiência nos transportes públicos, pela cultura dos cidadãos e pela própria ausência de ciclovias bem arranjadas, São Paulo não é Amsterdam, Berna ou Copenhague, embora o sr. Gilberto Kassab e alguns adeptos do politicamente correto queiram fazer crer que seja. Assim como os lugares comuns do discurso (e da ignorância) conseguiram impingir na mente de tantos incautos que o capitalismo é ruim, que Marx é a última palavra em economia ou que vivemos na era do "neoliberalismo", a mais nova investida de certos ideólogos no âmbito da capital paulista é a demonização do carro e a beatificação das bicicletas. O pensamento ideológico amarrou seus tentáculos também quando o assunto é trânsito.
No balaio do equívoco e da superficialidade, bons motoristas são julgados do mesmo modo que os pilotos que cruzam as ruas de São Paulo: "são todos vetores do que há de pior, são alienados que não atentam para os benefícios do ato de pedalar, insensatos que só enxergam o próprio umbigo, incapazes de fazerem parte da grande comunhão harmônica que deve permear a sociedade". A linguagem hiperbólica e o maniqueísmo são sintomas típicos de ideias que começam a tomar conotação de fanatismo. Da mesma maneira que carros e motoristas são estigmatizados sob o mais acentuado negativismo, as bicicletas e os ciclistas assumem instantânea condição ilibada: quem pedala nunca está errado, nunca está transitando em cima da calçada ou na contramão, jamais faz uma conversão proibida ou joga a bike para cima de um carro. Por ser ecologicamente correta e vista como antípoda do trânsito caótico da capital paulista, a bicicleta foi rapidamente blindada e colocada acima do bem e do mal. O absolutismo ciclístico já é uma realidade. Dentre seus mais destacados teóricos, temos Renata Falzoni, Flávio Gomes, que viveu seus cinco minutos de Datena no dia em que a médica ciclista morreu na Avenida Paulista, Maurício Broinizi, intelectual puquiano, representante do esquerdismo tupiniquim e claro, nosso prefeito que, não é um homem nem de direita, nem de esquerda, mas somente o mentor das faixas de trânsito transformadas em faixas ciclísticas, "invenção genial" que fez também o domingo se tornar um dia de caos no trânsito.
Agora está virando moda filmar ou fotografar motoristas que cometem supostas infrações contra ciclistas. Corre-se o risco de gerar um ambiente ainda mais agressivo no trânsito, até porque as autoridades não podem fazer nada a partir de imagens obtidas por cinegrafistas/fotógrafos amadores. E, se é assim, não seria também o caso de motoristas passarem a flagrar os tantos absurdos cometidos por ciclistas? Nenhum motorista é obrigado a andar a 20km/h porque um ciclista transita quase no meio da faixa em uma via de grande movimento. Nenhum motorista tem o que fazer se um ciclista imprudente joga a bicicleta em cima de seu carro, a não ser tentar desviar bruscamente. Ciclistas podem provocar acidentes por conduta inadequada, não apenas motoristas.
Não há legislação clara sobre a conduta do ciclista, não há ciclovias em 95% da malha viária em São Paulo - por ciclovia entenda-se espaços exclusivos para uso de bicicletas, de modo a garantir a segurança dos ciclistas -, não há semáforos específicos para as bicicletas, não há, até hoje, não somente na capital paulista, mas na maior parte das cidades brasileiras, uma cultura que viabilize os usos e costumes da prática do ciclismo urbano, apta a permitir boa convivência entre autos e bikes. Repito, tudo isso requer tempo e planejamento, e então fica a indagação: alguém, seja autoridade ou cidadão engajado no assunto, está se mobilizando para que esses pré-requisitos fundamentais se concretizem, caso haja o desejo da bicicleta vir a ser considerada um meio de transporte viável e seguro? Em relação aos políticos, pelo menos, a resposta é não. Sem isso, não adianta querer forçar a barra, tampouco discursar vazia e hiperbolicamente, pois a situação não irá mudar: devido à vulnerabilidade inerente do ciclista, acidentes continuarão a acontecer, com claro prejuízo a este.
Políticos são useiros e vezeiros em promover bizarrices originadas a partir de uma ideia boa, mas que não se pode colocar em prática da noite para o dia. Assim, inaptos para resolverem aquilo que é necessário de antemão, impõem medidas claramente improvisadas para enganar aos trouxas, que não são poucos a embarcar na onda das aparências e do politicamente correto. Se querem mais bicicletas nas ruas, elaborem e erijam uma estrutura para isso, mas que não venham com improvisos toscos e com perseguição a quem faz uso do carro. Ditadura até no trânsito não!

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lixo cultural e opção pela idiotice: a decadência da MTV Brasil


Há alguns dias, André Mantovani, ex-diretor da MTV, declarou ao jornal Folha de São Paulo que a Internet é um algoz para a emissora. Ele explicou que durante muito tempo o canal ditou as regras da cultura pop, mas de uns tempos para cá perdeu a condição de vanguarda para a rede mundial de computadores. Não deixa de ser uma verdade, no entanto, é interessante refletir sobre o porque deste fato levando-se em conta as escolhas feitas pela MTV, tanto em relação ao conteúdo de sua programação como no que se refere ao público-alvo buscado por ela.
Quando a MTV chegou ao Brasil em 1990, era um canal que não tinha absolutamente nada a ver com o que agora se apresenta. A começar pelo nome, fazia jus em ser identificada como um canal musical, algo que se perdeu paulatinamente ao longo destes 22 anos. Hoje a música se situa abaixo da linha de marginalidade na MTV, que na tentativa insólita de se manter pop, preferiu apostar em programinhas "divertidinhos" e superficiais, verdadeiras aberrações de auditório, subcultura aborrecente cem por cento desprovida de inteligência, alienação juvenil cujo único objetivo foi ganhar espaço midiático, no pior sentido da palavra, perante um público que jamais representou suas origens. O marketing se revelou rasteiro, como o comprova a própria declaração de Mantovani. A Internet está repleta de lixo, como muitos sabem, mas poucos têm desprendimento suficiente para apontá-lo e, entre o lixo cibernético, mais fácil de ser acessado e deglutido a qualquer hora ou lugar, e o lixo televisivo, menos prático e nem sempre disponível, a opção se fez acentuadamente em favor do primeiro. Escolha errada da emissora, escolha previsível do público idiotizado pela Internet.
Na idade do ouro da MTV, que já foi embora há pelo menos uns 14 anos, a programação era segmentada e, assim sendo, procurava atingir, dependendo do dia da semana e do horário, um determinado público. Havia atrações para quem gostasse de música mais comercial, bem como para apreciadores de Rap, Reggae, ou Rock em geral. Ainda que houvesse coisas dispensáveis no meio disso tudo, a música e uma certa qualidade cultural eram valorizadas e transmitidas da maneira correta aos jovens da época. Época aquela em que o espectador assíduo da MTV estava mais ou menos na faixa etária dos 15 aos 25 anos, gente que hoje está acima dos 30 ou 40 e que se sente absolutamente carente de boa programação musical na TV alternativa. O MP3, com sua sonoridade extremamente pobre e chapada de radinho de pilha, não tem como substituir clipes de música e informações precisas sobre artistas, bandas e álbuns, sobretudo e ainda mais em função da onda retrô que veio para ficar entre o pessoal que viveu a infância e a adolescência no período que vai do final dos 1970 até início dos 1990. Além disso, a derrocada da MTV em direção ao lixo cultural se iniciou antes mesmo do MP3 e do boom da Internet, fenômenos balizados por volta de 1999-2003.
Será que nenhum editor de programação percebe isso nos bastidores da emissora? Ou será que estes hoje em dia são subprodutos da falência e do pesadelo culturais do pós-modernismo, incapazes portanto de uma noção de tal panorama? O que é mais acertado, ter na equipe de apresentadores gente ligada à música, dotada de bagagem cultural, pessoal que fala do metiê com conhecimento de causa, a exemplo de Fabio Massari e Gastão Moreira, ou vetores típicos do emburrecimento, portadores da moléstia "tiporrágica" e de posturas afetadas, os Didis, as Titis e as Mari Moons da vida? Ou a MTV continua optando por um público idiotizado que não mantém mais nenhuma relação com a própria emissora, ou tenta sair do atoleiro em que se enfiou por incapacidade de se vacinar contra os modismos e busca resgatar a cultura de qualidade por meio de sua origem, a música.
Existe sim um público sedento por encontrar boa música em canais de TV, mesmo com a presença do Multishow e de novidades como o Now, que não têm um direcionamento musical exclusivo, tampouco oferecem conteúdo solidamente construído em torno de estilos confidenciais, tais quais o Fusion, o Blues ou até mesmo o Heavy Metal e o Hard Rock. Posso estar sendo reacionário e torcendo o nariz para o novo, mesmo o novo em âmbito musical. Está certo, é isso sim e, como discípulo do grande Edmund Burke, não vejo como descartar padrões por uma simples questão de "estar antenado com a modernidade", principalmente se essa modernidade vier acompanhada de dejetos da subcultura. O caminho a tomar parece ser óbvio, contudo, em era de massificação e emburrecimento, o óbvio deixou de ser claramente percebido. Acabo de ligar na MTV e me deparo com "Adnet Viaja". Que utopia a minha!

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Voto nulo, uma opção legítima


As eleições municipais se aproximam a cada dia e, com isso, tem aumentado a discussão sobre a validade do voto nulo como forma de protesto. Embora a situação política brasileira esteja atolada num lodaçal de corrupção e ineficiência, há muita gente que se posta veementemente contra a opção pelo voto nulo. Alegam estes que deixar de optar por algum candidato impede o cidadão de reclamar e cobrar por melhoras, sendo que o melhor a fazer é pesquisar sobre a atuação pregressa dos participantes do pleito eleitoral.
Não acho que o voto nulo seja propriamente uma forma de protesto, mas simplesmente uma escolha política, do mesmo modo que a opção por algum candidato, um direito elementar do cidadão, portanto. A crença segundo a qual votar nulo não permite reclamações e cobranças por parte do eleitor que assim escolheu é um equívoco grosseiro que denota total desconhecimento a respeito de teoria política. Todos os pensadores políticos que hoje em dia têm suas reflexões como base para a sustentação de sistemas democráticos foram unânimes em afirmar que o governo deve existir em prol da sociedade e não o contrário. Esta ideia, por sinal a mais fundamental no resguardo da democracia, foi explanada em épocas nas quais o direito de voto era bem mais restrito do que hoje, nem por isso aqueles que não podiam votar estavam aprioristicamente exclusos dos deveres e direitos de cidadania. Atualmente, muitas democracias consolidadas não obrigam o cidadão a votar, todavia, como membro da coletividade cívica, este deve fazer parte do escopo daqueles que governam. O mecanismo de representatividade política não pode excluir quem optou por não votar, nem quem escolheu anular o voto. Até mesmo aquele que deixou de cumprir com deveres de cidadão possui certos direitos políticos, como um presidiário, por exemplo. De resto, deve-se salientar que a representatividade no Brasil chegou praticamente à inexistência, com voto obrigatório e tudo.
Não deixa de ser chocante o fato de que em pleno século XXI tanta gente permaneça acreditando que o voto é o direito máximo da democracia. Além do mais, no Brasil, parece não haver dúvida com relação à negligência em termos de cobrança por boa parte dos eleitores que votam em candidatos eleitos ou não eleitos, isso quando não se esquecem em que votaram.
Ainda em favor do voto nulo, outros argumentos se apresentam: 1) honestidade não deve ser encarada como qualidade em um político, mas sim como obrigação, desse modo, valorizá-la sobremaneira reputando ao político honesto caráter de heroicidade, só confirma que a corrupção é uma pandemia no Brasil; 2) ter uma vida pregressa de honestidade incondicional, na melhor das hipóteses, só diminui a chance de um político cometer atos corruptos, contudo, a rigor, não pode garantir jamais que o mesmo não os cometa pela primeira vez; 3) da maneira como as estruturas do poder político ora se verificam neste país, com instituições consumidas pelo gramscianismo PeTralha, até aquele que porventura ingresse na vida política imbuído de boas intenções corre seríssimo risco de vir a ser enredado por interesses e conchavos escusos; 4) é preciso ser monstruosamente ingênuo para não enxergar que 99,9% dos políticos brasileiros entram na política com o claro intuito de se aproveitarem das benécies indevidas que o poder exercido da forma como é os proporciona.
Aqueles que possuem candidatos em quem irão votar, que o façam e até procurem, com base na troca de ideias, convencer os que ainda estão indecisos ou que pretendem votar nulo. O debate político constrói a democracia e a fortalece. Que não venham, contudo, proferir falácias típicas do analfabetismo político brasileiro, haja vista que o voto nulo é uma opção tão legítima quanto qualquer outra que compõe os processos eleitorais, opção esta que me parece a mais acertada caso o eleitor não encontre nenhum candidato cujas propostas e ideário político não estejam alinhados com os seus próprios, afinal, votar no menos pior, na perspectiva mais otimista, significa não mais do que dar procuração a alguém que não merece ser eleito por uma questão de competência. Se o voto nulo não anula eleição, é mais certo do que distribuir voto sem consciência.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Histrionismo e ditadura PeTralhas


O PT tem na enganação sua principal característica como partido político. O PT é um partido de histriões cuja atuação política serve bem para manipular a horda de ignorantes que conduziu a sigla ao poder. Uma vez lá, basta aos petistas promoverem sua típica propaganda populista para que o projeto de dominação gramsciano se mantenha em curso.
Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff respondeu às críticas que FHC dirigiu ao governo Lula. Segundo o ex-presidente tucano, Lula deixou para Dilma uma herança maldita, apreciação que ela qualificou como "tentativa menor de reescrever a história". Ainda de acordo com a mandatária da nação, Lula lhe deixou, ao contrário do que pensa FHC, uma "herança bendita". De quebra, aproveitou para apontar Lula como sendo um democrata, logo ele, amigo camarada de Fidel Castro, Hugo Chavéz, Omar Bongo Ondimba, a quem admira devido à perpetuação no poder, e do já defunto Kadafi...
No fundo, o que Lula deixou para Dilma não é uma questão de herança. Para todo e qualquer cidadão que não se enquadra na categoria dos ignorantes manipulados pelo populismo gramsciano do PT, é incontestável que o Brasil está mergulhado na estatolatria, na corrupção, no aparelhamento da máquina pública, na ausência de autonomia e independência dos Três Poderes, na destruição de todas as instituições da democracia, na carência de infraestrutura e de logística, em um índice de desenvolvimento humano que pode ser considerado bem abaixo do ideal para um país que se gaba de sua "força econômica" e assolado por uma (in)cultura de massas que a velha esquerda vem explorando habilmente desde o período da ditadura militar, quando esta se fechou nos estreitos limites da tecnocracia. A presidente Dilma Rousseff pode enganar aos ignorantes, mas somente a eles. Não há absolutamente nada que indique qualquer benção na transição Lula-Dilma.
Quanto a FHC, homem de cultura apurada, deveria se despir em definitivo das rédeas politicamente corretas da socialdemocracia e denunciar o PT sem meias palavras. O partido que está no poder há quase uma década é um partido gramsciano e ditatorial que a cada dia cimenta mais e mais a ditadura no Brasil. Assim sendo, os petistas nunca se preocuparam com o desenvolvimento do país, mas apenas com o estabelecimento de seu projeto de poder. Em vista de tal constatação é vazia a ideia segundo a qual Lula teria deixado a Dilma uma herança maldita. Ele apenas deixou à sua sucessora o terreno pronto para a continuidade da ditadura gramsciana que começou a ser implantada em 2003. O governo de Dilma não é nada mais do que um interregno para Lula, o comunicador messiânico, e para o PT em geral. Se o PT fosse só um partido ruim de governo, aí poderia se pensar em herança maldita, todavia, se trata de algo muito mais grave e com implicações muito mais profundas: é o gramscianismo que permanece em curso, status que possibilita a manutenção da ditadura e que a cada dia suga as liberdades que ainda restam, assim como a dignidade dos cidadãos de bem, as instituições e os valores culturais e morais.
Em outro ato de histrionismo, Rui Falcão, presidente do PT, utilizou um comício para vociferar contra tudo aquilo que pode representar obstáculos à ditadura de seu partido. Afirmou que o Mensalão, a despeito de todas as provas de sua ocorrência, é uma farsa criada pela "mídia conservadora" e pelo Judiciário na tentativa de derrubar o PT. Inverter a lógica dos fatos e transformar situações conferindo às mesmas panorama contrário ao modo como realmente se apresentam inicialmente é um artifício sui generis das ditaduras. Os mandatários petistas têm atuado exaustivamente no intuito de amordaçar a imprensa, um dos últimos bastiões de liberdade no Brasil. Somente fariam restar a mídia controlada por eles próprios, varrendo do mapa mesmo aqueles veículos que são neutros ou domesticados pelo politicamente correto, maioria no país. A imprensa que efetivamente denuncia o projeto de dominação petista no Brasil tem se mostrado cada vez mais escassa.
Com relação ao Judiciário, o que se observa é igualmente o exato oposto do que prega o sr. Rui Falcão, ou seja, a interferência do Executivo sobre o Judiciário tem sido crescente desde a chegada do PT ao poder federal. Lula e outros políticos petistas, como seu próprio presidente, andam fazendo de tudo para atrapalhar o julgamento do Mensalão e a presença de ministros alinhados com o PT participando do mesmo é notória, o que compõe um quadro nítido de partidarismo e interesses políticos em detrimento da ética, da isenção e da justiça.
Em claro tom de ameaça, Falcão prescreveu que "não mexam com o PT, porque quando o PT é provocado, ele cresce, reage". Traduzindo: quem se opõe às práticas ditatoriais do petismo poderá se ver em maus lençóis. O PT tem ojeriza ao debate democrático. Falcão também chamou a todos que não concordam com o PT de "elite suja e reacionária que não tolera o fato de um operário ter mudado o país". Nesse caso ele nem precisou disfarçar a revolução gramsciana que o PT está implantando, tendo preferido lançar mão dos antagonismos de classe e da incitação ao ódio social, outra estratégia tipicamente autoritária. Lula não é operário há mais de trinta anos, além do que, o mentor máximo do gramscianismo é o "intelectual" José Dirceu. De resto, nada importa se quem muda uma sociedade para melhor, o que não é o caso de Lula, seja um operário ou um aristocrata.
Sujo é o PT, sr. Rui Falcão, partido ditatorial que não tolera a democracia nem a liberdade e que atua ferozmente para destruir o pouco que ainda resta de ambas com o objetivo claro de consolidar em definitivo o gramscianismo no Brasil! Salve-se quem puder!