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sábado, 21 de maio de 2016

Vladimir Safatle: mais um esquerdista cérebro de minhoca


O sr. Vladimir Safatle, como todo esquerdista, vira e mexe se vê na necessidade de elaborar explicações mirabolantes para tentar salvar suas ideias do fracasso. Logicamente, trata-se de tarefa impossível, dados os equívocos incontornáveis (para usar um termo caro ao "pensador" em questão) do esquerdismo e, se não fosse assim, não haveria justamente uma tal necessidade.
Em artigo publicado na última sexta-feira (20/05) na Folha de São Paulo, Safatle defende que não foi pela corrupção que milhões de brasileiros saíram às ruas exigindo uma alternativa para um país em queda livre (na visão dos lacaios petistas, esses milhões compõem uma oligarquia, análise cujo único efeito é provocar riso). Esses milhões, sufocados por um governo altamente incompetente, autoritário, sem projeto algum de administração, inebriado pelo poder, e que destruiu quase completamente a saúde, a educação, a cultura e uma série de empresas estatais, adoradas pelo próprio esquerdismo enquanto fornecedoras de pixulecos, manifestaram-se por uma série de insatisfações. É evidente que não foi apenas pela corrupção!
Não deveria ser preciso explicar pela enésima vez a mentes rasteiras como o sr. Safatle que, de fato, o PT não foi o inventor da corrupção e nem que seria a mais absoluta ingenuidade acreditar no fim da corrupção como consequência da destituição de Dilma Rousseff. O que o PT fez, foi arranjar justificativa e legitimação para a corrupção, pois é impossível manter uma máquina governamental centralizadora, autoritária, desenvolvimentista e assistencialista sem tornar os benefícios espúrios entre membros dessa mesma máquina uma regra, um método sistemático, um modus operandi. A corrupção no desgoverno petista, portanto, foi uma consequência inelutável da concepção ideológica de esquerda e da forma de organizar o aparelho estatal, inchado e montado a partir de critérios político-ideológicos. Não havia outro resultado possível a ser obtido no seio desse arcabouço, algo reconhecido por qualquer cientista político minimamente sério, mas que passa ao largo da cabecinha de minhoca do sr. Safatle.
O PT não apenas manteve, como acentuou fortemente uma miríade de práticas paternalistas que destroçaram valores públicos e os fizeram vetor de favores privados a erigir um projeto de poder autoritário, pesado, ineficiente e economicamente nefasto - práticas essas que, vale lembrar, sempre foram vituperadas pelos petistas enquanto estavam fora do poder, mas somente pelo fato de que eles mesmos precisavam criar um discurso aparentemente ético que lhes conferisse apoio e também porque, estando na oposição, lhes era difícil fazer parte do repasto. Antes que o primeiro mandato de Dilma se encerrasse, em 2012/2013, não foram poucos aqueles que procuraram alertar a presidente a respeito do que aconteceria se os rumos da administração não fossem mudados. Palavras ao vento, primeiro em função da natureza ideológica do PT, que não lhe permitiria nada diferente, segundo, porque o primeiro que ousasse criticar o governo era rapidamente achincalhado e estigmatizado em pronunciamentos oficiais do governo (já na era Lula, a catástrofe era prevista por alguns, mas naquela época, as conquistas proporcionadas pelo capitalismo e o bom momento econômico mundial, aliados a um quadro interno satisfatório devido ao ajuste econômico dos anos 1990, cegaram a opinião pública e a oposição, fraca por si só).
Assim sendo, a corrupção nunca foi mais do que uma consequência de um modo de administração pautado no sequestro da máquina pública com finalidades partidárias e relacionadas ao poder autoritário. A maior parte da população brasileira se levantou contra o todo dessa prática por questões ideológicas, já que diante de tamanhos descalabros, as ideias liberais conseguiram ganhar algum terreno à medida em que não apenas os escândalos iam sendo paulatinamente revelados, como, mais ainda, se tornara escancarado o fracasso das políticas petistas e o avanço devastador da recessão econômica. O sr. Safatle, petista e intelectualmente desonesto, não pode assumir essa situação, logo, só o que lhe resta é mostrar indignação por não mais estar ouvindo panelas (ele jamais se revoltou contra o aparelhamento, contra a desindustrialização, contra a gastança ineficiente e desenfreada sem contrapartida, contra o rombo das contas públicas, contra as falências no comércio, contra a inflação na casa dos dois dígitos, contra o desemprego em massa, contra os cortes bilionários na saúde e na educação, contra o dinheiro público roubado do contribuinte brasileiro para ser injetado em ditaduras de esquerda mundo afora, contra a destruição da Petrobrás, do BNDES, da Eletrobrás,.. contra nada daquilo que caracterizou a horripilância do desgoverno petista). Por pura desonestidade, pela vaidade típica de todo esquerdista, que se considera acima do bem e do mal, dos fatos mais concretos, pelo falso consolo que as tentativas tragicômicas de passar supostas lições intelectuais baseadas em ideias ridículas e ultrapassadas geram nos tolos, o sr. Safatle não pode ir além do palavreado gasto e vazio e é incapaz de observar que a população brasileira está bastante atenta às atitudes do novo governo e, na atual conjuntura, concede um voto de confiança (mas sempre pronto a desconfiar) a Michel Temer, para que no tempo que lhe resta até 2018, procure consertar os estragos sem precedentes provocados por treze anos de lixo petista.